Jornadas de Floricultura e Plantas Ornamentais

No âmbito da semana aberta da UTAD, tiveram lugar, nos dias 19 e 20 de Março, as Jornadas de Floricultura e Plantas Ornamentais, que decorreram na aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O numero de participantes nestas jornadas ultrapassou as duas centenas, entre produtores; técnicos de varias Direcções regionais; dirigentes associativos; alunos e docentes da UTAD.

As conclusões foram as seguintes:

    1. A floricultura tem sofrido um grande incremento na região Norte do tendo-se verificado um crescimento de 136% na região de Entre Douro e Minho enquanto na região de Trás-os-Montes se assistiu ao inicio desta actividade no final dos anos 80, de tal modo que volvidos 8 anos dedicada à Floricultura de corte é aproximadamente 25 ha. Por sua vez, na região compreendida entre o vale do Sado e o Douro, a evolução caracteriza-se por um desinvestimento na área de flores de corte tradicionais em favor de uma grande diversificação de espécies nas plantas ornamentais e folhagens de corte.
    2. A jusante da produção, são inúmeros os problemas que deverão ser equacionados numa perspectiva integrada de modo a que os agentes económicos da fileira evidenciem esforços para a melhoria da comercialização das flores de corte, tornando assim este sector mais rentável. Para fazer face `a dispersão da produção será então recomendável a criação de Associações de Produtores e de Organismos interprofissionais. Urge igualmente formar os agentes económicos.
    3. O elevado volume de importações de plantas ornamentais pode, dadas as condições climáticas em Portugal, ser consideravelmente reduzido. Reconhece-se a necessidade de maior organização no sector das plantas ornamentais que tenham essencialmente por função o apoio técnico e o desenvolvimento da comercialização, tornando o sector mais competitivo. Da mesma forma é necessária desenvolver a área de micro e macropropagação de plantas ornamentais.
    4. A necessidade em efectuar estudos de viabilização de aquecimento, da automatização de estufas e da experimentação em novas espécies, é reconhecidamente uma das orientações a curto prazo. Paralelamente, a melhoria da tecnologia da produção deverá ser uma constante.

Barbara Serra

IAAS - UTAD