.   .   .  T a p a d a   d a   A j u d a  .    .    .   


 p a t r i m ó n i o   c u l t u r a l   d a    t a p a d a   d a   a j u d a    


      

 

 . Património Cultural . 

 

A Tapada da Ajuda confere-nos, para além de todo o seu esplendor florístico e faunístico, um elevado grau de valor histórico e cultural. Assim, este local foi escolhido para instalação de um vasto património edificado.

 

Remonta à pré-história a ocupação da Tapada, tendo sido encontrada uma estação arqueológica em 1982, com a escavação de talude para a instalação do campo de râguebi da Associação dos Estudantes do I.S.A. Esta estação encontra-se num local com condições óptimas para a ocupação humana, como refere Matos (1994):” uma zona basáltica, numa encosta de declive suave, entre os 100 a 115 m de altitude; na presença de uma linha de água com carácter provavelmente permanente (o Rio Seco), a proximidade com o Tejo; e ainda a proximidade de uma zona onde a caça abundaria.”

 Esta jazida é provavelmente da Idade do Bronze final (séc. IX-X a.C.) ou da Idade do Ferro Inicial (séc. VII-VI a.C.), com uma área de 3,5m2 (ficando, no entanto, por escavar 2 m2 no local onde os vestígios eram de concentração mais baixa), identificando-se restos de uma cozinha acumulados numa depressão pré-existente no terreno, alguns fragmentos de cerâmicas e conchas. De realçar a impressão de uma folha de zambujeiro num fragmento cerâmico, traduzindo a flora primitiva existente nesta zona.

Este local, porém , foi destruído quando recomeçaram as obras do campo de râguebi, em 1987.

Sem muita informação, há ainda conhecimento da existência de uma necrópole romana adjacente à «Lagoa Branca», na vertente Sul. 

 

      

 

Para além disso, na Tapada encontram-se edifícios de grande valor histórico e cultural, já mencionados, que pela sua importância são destacados do restante levantamento edificado. Tão importantes que foram e são, que o Arq. Muñoz Cardoso dedica-lhes um livro, “Os Edifícios da Tapada da Ajuda”, em 1992. “ (…) Estes edifícios nascem, ou de uma reacção alternativa ou de uma polémica, a par de um progressivo esvaziamento das funções reais da Tapada” (Cardoso, 1992).

E numa breve descrição, temos:

Observatório Astronómico de Lisboa;

Pavilhão de Exposições;

Edifício Principal do Instituto Superior de Agronomia.

 

. Outros Edifícios .  

O aumento significativo dos alunos do Instituto e a criação de novos cursos levou à adaptação de infraestruturas existentes ao ensino e à criação de muitas outras.

 

Da época da 3ª Exposição, atrás referida, existem próximo do Pavilhão de Exposições, dois pavilhões rústicos, ladeando-o simetricamente, como era «moda»: “a nascente encontramos a Vacaria, com alpendre de colunas, relógio no tímpano e campanário; e a poente a Abegoaria, onde se expunha o gado cavalar, um bem típico Chalet «fin de siécle», com os vãos debruados a tijolo, os brincos em madeira recortada pendendo dos beirados, e, a fazer «pendant» com a Vacaria, também um tímpano ornado com um barómetro e um campanário no topo, cujo sino esperamos lá ver recolocado…”(Cardoso, 1992).

 

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Figura  . O edificio onde actualmente funciona a Secção Autónoma de Arquitectura Paisagista.

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Na antiga Vacaria funciona a Secção de Zootecnia e na Abegoaria e Anexo (este último reconstruído há poucos anos a partir de um armazém de máquinas agrícolas), está instalada a Secção Autónoma de Arquitectura Paisagista, desde 1990. (Figuras).

Figura  . A antiga Vacaria.

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Em frente à Vacaria, existe um chalet, em tempos a residência do director do Instituto, que serve de instalações à Secção de Agricultura do Departamento de Produção Agrícola e Animal.

Além disso, entre eles, encontra-se um bloco de aulas (anfiteatro do DPAA), no lugar de uma antiga cocheira. As infra-estruturas de apoio às actividades do DPAA constam de estufas, campos de ensaios (Horta, Pomar, Terra Grande, Cova do Sobreiro), laboratórios (de horticultura, de tecnologia Pós-Colheita), vinhas, etc.

     a Estação de Cultura Mecânica;

     .  o Posto Central de Fomento Apícola, fundado em 1931, que englobava uma estufa de crescimento para plantas apícolas (actualmente é um edíficio em ruínas, para desagrado nosso);

     .  a Casa de Tratamento e Empacotamento de Fruta;

     .  uma adaptação da antiga Geradora de electricidade dos Paços Reais onde funcionam as aulas de Agricultura e Máquinas Agrícolas, e onde se encontra um verdadeiro «museu» de alfaias agrícolas («relíquias» ou últimos modelos);

     em 1949, concluíu-se a sede do Laboratório Químico Central ou, como é chamado, Laboratório Rebelo da Silva;

 Existem, ainda, muitos outros edíficios que foram surgindo com a transformação do ensino ao longo dos anos e o aparecimento de novos cursos: 

     . o Departamento de Engenharia Florestal construído em 1987;

     . o Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (Casal Saloio), fundado há cerca de quatro anos, com o financiamento do IPAMB. Tem como principal objectivo o de aproveitar as potencialidades da Tapada e através de várias iniciativas, pôr em contacto com a Natureza os estudantes do pré-escolar ao ensino básico;

     . Pavilhão anexo (I) que concentra diversos departamentos: DM - Departamento de Matemática, DEASR - Departamento Economia Agrária e Sociologia Rural, DER – Departamento de Engenharia Rural, CIISA – Centro de Informática do ISA;

     . Centro de Estudos de Produção e Tecnologia Agrícolas - edifício da SAATS e SACTA;

     . Estação Meteorológica - DCA - Departamento de Ciências do Ambiente;

     . Pavilhão anexo (II) – constituído por vários auditórios que funcionam como blocos de aulas;

 

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Figura . O auditório e a «Lagoa Branca».

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Figura . A fachada principal do Auditório.

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     . Novos edifícios – Herbário, Biblioteca, Pavilhão de Agro-Indústrias e Silvicultura Tropical e um Auditório com capacidade para 400 pessoas 

O espaço exterior destes novos edifícios foi alvo de vários estudos, tendo sido elaboradas propostas de recuperação para o novo polo escolar junto ao edifício Principal e para a Lagoa Branca. 


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Tapada da Ajuda . Instituto Superior de Agronomia .

     

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